domingo, 28 de agosto de 2016

O que define nossa preferência musical?
agosto 28, 2016

O que define nossa preferência musical?

Oi pessoal, na madruga atualizando o blog. Já tinha em mente postar algo do gênero, o que faz o nosso estilo musical? O que determina o seu gosto musical? Por que gostamos tanto de ouvir música?

Claro que fui no Google buscar respostas e descobrir algumas bem legais, agora quero compartilhar com vocês.

Sabe quando você escuta aquela sua música preferida e se sente bem? Quando se lembra de um amigo ou momento imediatamente após ouvir uma música? Sim. Ela é capaz de evocar emoções e está fortemente associada a lembranças e sentimentos.


Entretanto, a emoção vivenciada não está no significado do que está sendo exposto na música, pois se o fosse não choraríamos ao ouvir um hit estrangeiro do qual não conseguimos compreender uma única palavra. A emoção está mais no valor que atribuímos à melodia e as lembranças que associamos a ela.

Por que gostamos de ouvir música?

Ouvir música boa faz com que o cérebro libere dopamina, uma substância que proporciona sensação de bem-estar, prazer e motivação, pois atua no centro de recompensa do cérebro. Essa substância também é liberada durante o sexo, o uso de drogas e após ingerir comidas deliciosas. Ou seja, a sensação boa ao ouvir música tem influência biológica e pode provocar uma onda intensa de excitação emocional que inclui alterações na frequência cardíaca, pulso, frequência respiratória dentre outras.

O que determina nosso gosto musical?

Neurocientistas monitoraram a atividade cerebral de um grupo de pessoas ao ouvirem diferentes estilos musicais. A partir disso, observou-se que a música atua em diferentes centros do cérebro simultaneamente. Entretanto, cada estilo musical estabelece seu próprio padrão de atuação. A pesquisadora Salimpoor afirmou: o que determina nossas preferências musicais é a maneira como os neurônios conectam-se entre si e essa conexão é determinada pela sensibilidade neuronal que desenvolvemos durante a nossa vida.

Em outras palavras: se crescemos ouvindo determinados tipos de músicas, nossos neurônios criam conexões específicas que são reativadas sempre que ouvimos músicas parecidas. Isso faz com que nossa memória resgate todas as lembranças associadas e nos dê aquela sensação de bem estar. É por isso que grandes músicos costumam ter um variado gosto musical, pois ao longo de suas vidas foram expostos repetidamente a diferentes padrões musicais.

Mas o que acontece no nosso cérebro quando nós gostamos de algo que nunca ouvimos antes?

Ao analisar a atividade cerebral de pessoas enquanto ouviam determinada música pela primeira vez, a dopamina foi igualmente lançada no cérebro. Isso acontece porque o cérebro busca padrões reconhecíveis que estejam armazenados na memória e faz previsões de qual direção a música está tomando. Dessa forma, quando ouvimos uma música diferente daquelas que estamos condicionados não respondemos com familiaridade a ela e acabamos não gostando. É por isso que canções pop são mais populares, pois suas estruturas melódicas e ritmos são razoavelmente previsíveis e mais facilmente agradáveis à maioria das pessoas.

Música como terapia

A utilização da música como terapia é um método antigo, sendo utilizada inicialmente no âmbito psicossocial, como ferramenta para facilitar a construção do vínculo social e a expressão de emoções e afetos. Essas propriedades da música são de grande importância, entretanto busca-se, atualmente, a utilização da musicoterapia como estímulo neurológico para o tratamento de determinadas doenças específicas, através de sua capacidade de modificar a percepção sensorial, motora e cognitiva. O objetivo é reabilitar o cérebro.

Quando a musicoterapia é utilizada?



As principais abordagens da musicoterapia referem-se a déficits auditivos, aos usuários de implantes cocleares, as pessoas que sofreram lesão cerebral, autismo, paralisia cerebral, lesão medular, esclerose múltipla, Parkinson, distúrbios psiquiátricos e outras enfermidades que comprometem as funções executivas (pensamento, linguagem, raciocínio, compreensão, cognição, atenção e controle motor).

Referências: Frontiers, Scientific American, The DANA Foundation

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